Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

21 abril 2010

Estado, esse grande gastador

Que o Estado tem um peso brutal na economia, todos sabemos. Há uns (principalmente de esquerda) que aceitam isso. Os de direita, não se importam em reduzir esse peso.
No fundo tem tudo a ver com a forma como vemos a intervenção do Estado nas várias esferas da sociedade.

Outra coisa que sabemos é que existem várias forma de gastar dinheiro, e o Estado nem sempre é eficiente naquilo que faz. Mas vamos por partes.

Os nossos órgãos políticos são pródigos em remunerar os detentores de cargos públicos, nas suas demais despesas, relativas ao exercício das suas funções. Ora pagam viagens de deslocação, ora são refeições, ora são despesas de alojamento. Bem, uma infinidade de coisas que até se percebem, tendo em conta que o seu trabalho é ao serviço da Nação, por isso a Nação deve remunerá-los por essa missão.
Outro ponto diferente é o aproveitamento que alguns fazem destas condições em seu benefício próprio.

Aqui há uns dias tivemos uma notícia que nos dava conta que alguns membros do Governo beneficiavam de uma ajuda de custo para o alojamento, tendo em conta que a sua morada permanente não era em Lisboa. No entanto, na sua declaração que entregam ao tribunal constitucional, alguns deles mostravam que detinham habitações na região de Lisboa.
O que me preocupa neste ponto é que estes membros do Governo, que foram convidados e aceitaram (podiam dizer que não, certo?) recebam uma compensação para os ajudar nas despesas de habitação. Se qualquer português se candidatar a um posto de trabalho fora da sua morada permanente, tem que ter em conta as despesas da nova habitação, porque só com muita sorte terá quem lhe pague essa despesa.

Por outro lado, sabemos devido a uma confusão que por aí anda, que os nossos deputados têm as despesas de deslocação à sua morada permanente pagas, coisa que qualquer português deveria ter, mas mais uma vez, eles são representantes da Nação, e não podem exercer essa função noutro sítio, que não em Lisboa. O problema, é que temos deputados que são eleitos pelo círculo de Alguidares de Baixo, mas cuja morada permanente é Ponta da Banheira (nomes inventados, claro está). Este problema da eleição por círculos já não é novo. Mas agora abriu-se um precedente: a deputada Inês de Medeiros, eleita pelo círculo de Lisboa, tem morada permanente em Paris. Azar nosso, porque vamos pagar-lhe uma viagem por semana para ela ir a casa e voltar ao trabalho, claro está.

O problema está em eleger deputados por círculos que não são os da sua morada permanente. Corrigindo isso, metade do problema ia à vida. É dificil implementar isto, eu sei, mas com tempo até que nos iamos habituar...

A despesa em si, no total das despesas, até nem deve ter significado nenhum. Mas como não se começa a construir uma casa pelas telhas....

Este é o post 200

E depois deste vem o verdadeiro post do dia... este é só para comemorar :D

16 abril 2010

Intolerância

Ora o Governo decidiu dar tolerância de ponto aos funcionários públicos durante o dia 13 de Maio, sendo que os funcionários de Lisboa e do Porto terão um bónus nas manhãs em que o Papa estiver lá a celebrar a Eucaristia.

O mundo veio a baixo, como já se sabe, sabendo destas coisas. Ora por causa da produtividade, ora por causa do tratamento dado à Igreja Católica, em detrimento de outras, ora por causa de tudo e mais alguma coisa.

Por sorte, o Papa não vem cá todos os anos.

Hoje até vi alguém reclamar, porque só havia tolerância de ponto aos funcionários públicos, e não havia para todos os empregados deste país (será que este senhor já reclamou com o patrão dele? Talvez seja ele o responsável pelas suas tolerâncias....?)

Ponto da Situação: eu também acho mal esta tolerância de ponto ser dada num momento em que se exige tanto sacrifício.

Mas dado que, ou era isto, ou haveria muitas faltas nesses dias... não me parece a pior solução.


No fundo tudo se queixa da Igreja católica, mas no Natal toda a gente quer prendas...

08 abril 2010

E depois queixam-se da falta de autoridade...

Um aluno que frequente o ensino obrigatório (agora até ao 12º) devia reprovar por faltas. Ponto final.
Como é obrigatório, mesmo que ele consiga obter aproveitamento mínimo para passar, se faltou não merece passar. E estamos a falar apenas das faltas injustificadas, porque um aluno pode acumular o mesmo número de faltas justificadas, mas por tê-las justificado nem sequer se discute se tem ou não condições para passar de ano.
E depois queixam-se da falta de autoridade dos professores. Pudera...

No ensino superior, na era Bolonha, existe um regime de faltas. E se o docente de cada cadeira seguir estritamente esse regime de faltas, caso seja ultrapassado o limite, nem sequer há a possibilidade de ir a exame de recurso. A cadeira já fica para o ano seguinte. Isto no ensino superior, com pessoas adultas, que já têm idade para saber o que querem da vida, e pelo menos devem assumir a responsabilidade pelos seus actos.

Há coisas que eu não percebo... palavra de honra...