Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

21 janeiro 2011

Domingo, Cavaco à Primeira!

Dado que não virei mais à net até as 23h59m do dia de hoje, este será o último texto que a lei me permite escrever sobre as eleições presidenciais, mais propriamente, de apoio a um candidato, e esse é naturalmente o Prof. Cavaco Silva. E digo que é o último texto porque obviamente não terei que escrever nenhum depois deste, porque acredito verdadeiramente que não haverá segunda volta.

Cavaco tem falado do que o preocupa, do que entende que não está bem, do que entende que deveria ser mudado. Tem apoiado os que se sentem injustiçados, e acredita na força e no contributo de todos, sejam de esquerda ou direita. Um Presidente não deve ficar calado quando algo não está bem. É o que tem feito até hoje (ninguém é perfeito, por isso admito que terá errado num caso ou noutro). Mas não pode intervir cortando a direito tudo quanto não concorda, porque não é para isso que é eleito. E Cavaco sabe disso tudo, e por isso se recandidatou. Disse, e bem, que usará todos os seus poderes, mesmo que isso crie instabilidade política, completou contudo, que não tem “apetite” de dissolver o Parlamento (por vezes temos que comer, mesmo sem apetite, certo?). Nos próximos anos exigirá de Sócrates aquilo que ele merece que se exija dele, depois de tudo a que já nos habituou a ouvir. Se houver eleições antecipadas, e o PSD chegar ao poder, exigirá muito mais desse partido, pois esse terá a obrigação de fazer muito melhor.

Manuel Alegre diz que Cavaco espalha o medo e o terror, e diz de seguida que votar Cavaco será voltar ao fascismo, ou melhor dizendo, acabar com a democracia. Não reunindo o consenso do PS apoiou-se no BE, e claro que essa não foi a forma como conseguiu ficar em segundo lugar nas ultimas eleições. Sempre teve intervenções de resposta a Cavaco e nunca de introdução de ideias. Sempre se apoiou na esquerda para combater a direita, como se um presidente pudesse chegar a Belém com a luta entre partidos.

Nobre, apesar de se afirmar como independente, sempre teve sobre ele a sombra de Mário Soares, e a sua candidatura sempre soou a vingança. Um homem que sempre disse que iria à segunda volta, veio hoje dar-se por derrotado com umas sondagens que lhe davam 10% dos votos. Ser da sociedade civil não chega para ganhar eleições, mas pode servir para criar um partido ou movimento de cidadãos e concorrer em eleições futuras, se realmente quer ajudar Portugal.

Francisco Lopes, apesar de manter o rumo do seu partido, mostrou que é isso e apenas isso, um candidato do PCP (CDU melhor dizendo). Talvez seja o sucessor de Jerónimo de Sousa. Este partido continua em revolução, ainda não se sabe contra quê, e sacode a água do capote sempre para cima dos outros. Sabendo que nunca terão grandes responsabilidades é fácil falar contra tudo.

José Manuel Coelho, comparado muitas vezes com o Tiririca, tem percebido aos poucos que a política do continente é diferente da Madeira, e não pode fazer cá o que faz lá. Mesmo assim deverá ter um resultado satisfatório. A sua candidatura terá os votos de protesto de muitos insatisfeitos.

Defensor Moura trouxe o que de pior a política pode ter que é o lançar poeira para o ar, e dizer que manchou a imagem de alguém, mesmo que o que tenha dito seja mentira. Não me admiraria que durante o dia de hoje desistisse em favor de Alegre (ou Nobre, sei lá).

E falei dos candidatos pela ordem que deverão estar colocados no próximo domingo, quando se apurarem os resultados. Reafirmo mais uma vez a minha convicção e vontade de que isto ser resolva à primeira volta. Cavaco Silva é o único candidato capaz disso, os outros estão todos a lutar individualmente, fracturando o eleitorado, para que isso não aconteça. Não se preocuparam nunca em encontrar pontos de vista comuns, mas sim com os seus apetites pessoais ou do partido.

Depois disto, só me resta dizer: NÃO, contra a Abstenção! Não votar significa que estamos a dar a outros o poder de decidir por nós. Isso sim é deixar de lutar pela democracia. Podemos votar em branco, ou nulo (o nulo tanto pode ser erro, como propositado, por isso mais vale ir em branco) se não nos identificarmos com nenhum dos candidatos. Isso não terá resultados práticos, mas poderá levar a conclusões políticas.

Sendo assim, até Domingo.

16 janeiro 2011

Cavaco: o candidato por Portugal

Cavaco é acusado por todos os candidatos de querer fazer, e de pensar em fazer, tudo e mais alguma coisa, excepto o que realmente ele pretende fazer.
Nos últimos dias Alegre diz que Cavaco está a insultar os pobres, os pescadores, os estudantes, os jovens... sempre que Cavaco fala em algum grupo da sociedade, está a insultá-los. Claro está, porque o partido vencedor das últimas legisltativas (o PS para quem já se esqueceu) aprova medidas que atacam estes grupos (só por isto se explica a implicância de Alegre, embora não o diga).
Nos últimos dias até se viu António Arnaut a dizer que Cavaco é contra a democracia por não usar cravo vermelho nas comemorações do 25 de Abril. Veja-se lá onde chegou a mediocridade (mediocres são os que dizem estas coisas e não os que vos apoiam, tá Alegre?). Eu também não gosto de usar cravo vermelho na lapela. Faz-me lembrar os casamentos de há uns anos atrás. Mas a liberdade e democracia não se medem pelo uso de cravos, muito pelo contrário, mede-se por actos. E o que António Arnaut disse revela a sua concepção de liberdade: somos todos livres e democratas, mas temos que usar cravo vermelho na lapela. Está tudo dito, certo?
O camarada Chico Lopes (do PCP) atingiu o seu expoente máximo ao dizer que Cavaco não era candidato do povo, mas sim do polvo do capital financeiro. Quando é preciso insultar um candidato, dizendo que faz parte de uma máfia (certas expressões devem ser bem pesadas antes de usadas, e usar a expressão "polvo" é sem dúvida uma expressão infeliz, que nos lembra a famosa série de televisão), é porque se sabe que esse candidato só pode perder eleições, se inventarmos coisas a seu respeito, e se denegrirmos a sua imagem.
Continuamos a ver Cavaco Silva a nunca usar nos seus discursos, expressões como Direita ou Esquerda (Cavaco é candidato de todos os portugueses, e não de uma facção). Cavaco preocupa-se com todos os grupos sociais, preocupa-se com todos sejam ricos ou pobres, novos ou velhos, porque Portugal é uma combinação de todos e não uma pequena facção homogénea.
Por tudo isto, e muito mais, eu votarei Cavaco Silva no próximo Domingo.

13 janeiro 2011

A única via

Nenhum candidato está aqui para ganhar à primeira volta, senão Cavaco Silva. Todos os outros, que se afirmam independentes e libertos da carga política dos outros e não sei que mais, irão depender do apoio que os outros candidatos lhe darão na hipotética segunda volta que esperam que ocorra.
Só por isto já valia votar Cavaco Silva, para evitar mais gastos para o país na segunda volta, e neste adiamento de uma tomada de decisão. Mas Cavaco sabe que não precisa de ir a uma segunda volta.
Todos os outros são candidatos por algum lado ou por alguma razão: Alegre é o "candidato da esquerda", Lopes é do PCP, Coelho é candidato contra Alberto João Jardim e Defensor Moura é candidato sabe-se lá porquê, mas parece que é o grande herói que lançou dúvidas sobre a honestidade de Cavaco Silva. Só Fernando Nobre aparenta não ter "lado" da sociedade civil. Mas Nobre é apenas aquilo que Alegre foi para Mário Soares.
Cavaco Silva, apesar de ser candidato apoiado pela direita, nunca o ouvimos falar nesses termos na sua campanha, não diz que é candidato da direita, e que é candidato contra a esquerda e que esta quer assambarcar tudo na política para espalhar o terror da intervenção do Estado em tudo quanto pode. Já Alegre diz que Cavaco quer chegar ao poder para permitir à direita chegar ao Governo e acabar com o Estado Social (de repente, e olhando à minha volta, parece que o Estado Social é coisa que está a acabar, e não é a direita que está a acabar com ele).
Nesta campanha todos os outros candidatos dizem que Cavaco Silva quer continuar na Presidência para matar e esfolar tudo quanto puder e acabar de vez com o país. E quando não sabem o que dizer, inventam e ficcionam o que ele pensa e o que ele pretende. Cavaco não fala sobre os outros candidatos, só lhes responde de vez em quando, quando estes abusam nos comentários e críticas que lhe fazem.
Por isto e muito mais, a escolha parece-me lógica, mas acrescento a intervenção de Sócrates na campanha de Alegre, para dizer que os outros (Cavaco) não espalham mensagens de esperança e só querem o terror. E respondo eu: os outros só querem a verdade e só assim querem vencer eleições. Não vencem eleições baseados em discursos que não correspondem à realidade, tal como Sócrates venceu as últimas eleições.

11 janeiro 2011

Quem não sabe o que dizer...

Alegre, que é um homem que sabe de coisas, disse ontem que não se importava de suspender a campanha para Cavaco ir à Europa falar com os líderes europeus para evitar a entrada do FMI em Portugal e melhorar os juros que Portugal paga pela sua dívida.
Alegre, que é um homem que sabe de coisas, propôs ao país e ao seu Presidente, que faça uma coisa que não pode fazer, e que melhore a situação do país de uma forma que não trará quaisquer resultados, embora dita assim nas notícias, até pareça uma bela forma de patriotismo.
Alegre, que é um homem que não sabe assim tantas coisas, quer colocar Cavaco como o homem que não quis ir à Europa melhorar a situação do país, coisa que o partido do qual Alegre já foi dirigente, e agora o apoia para Presidente da República, não foi capaz de fazer.
Alegre, mais uma vez mostrou que não está aqui para ganhar, mas para fazer Cavaco perder, engendrou um plano para colocar Cavaco como responsável pelo problema da dívida soberana do país, pois não quis ir à Europa resolver esse problema.
Cavaco, que não se mete nestas maroscas, disse que não respondia a Alegre, porque ele mostrou que é ignorante relativamente à gestão da política externa dos países.

07 janeiro 2011

A falta de memória é uma coisa triste

Cavaco Silva falou sobre a administração do BPN e sobre a sua falta de capacidade em tornar o banco mais apetecível, e comparou-o com bancos ingleses bem maiores, que também foram intervencionados e já estão recuperados.
Do outro lado da barricada veio logo a resposta, dizendo que se o BPN estava assim a culpa era dos seus proprietários, e Cavaco também tinha tido acções do banco, logo também era culpado. Vendeu as acções que tinha a 2,40 €, obtendo uma mais valia de 140%, por isso tinha sido alvo de favorecimento pelo seu amigo Oliveira e Costa. Vai-se a saber, e as acções de Cavaco foram vendidas a um preço semelhante a outros praticados na altura, e até abaixo de outros a que foram vendidas outras acções. E a forma como tudo ocorreu não tem nada de ilegal, foi pedido ao presidente da SLN (as acções que Cavaco detinha eram da SLN e não do BPN), e era assim que tinha que ser.
Alegre diz que não, que tem que responder, que tem que esclarecer, que se não falasse era um atentado à liberdade dos povos, etc etc etc.
Alegre, que também tem alguns telhados de vidro, não se lembra que os tem. Surgiu um telegrama onde pedia a alguém em Portugal que lhe enviasse documentos dizendo que tinha o 3º ano de direito concluído, e ao que parece só tinha uma cadeira desse ano completa, e tinha frequentado outra... Quando questionado, diz que não se lembra, que tinha ideia de ter completado...
Alegre escreveu um texto porque lhe pediram para escrever um texto sobre a sua relação com dinheiro. Recebeu 1500€ por isso (tão bom que era recebermos todos 1500€ por escrever um texto desses). Quando soube que o mesmo tinha sido utilizado numa publicidade do BPP, mandou retirar tudo, e diz que devolveu um cheque pessoal com o valor de 1500€ à entidade que lho tinha enviado. Diz que não se lembra se o mesmo foi descontado ou não porque, pasmem-se, não é bom gestor do seu dinheiro.
Ora temos então um candidato com falta de memória, que pede que lhe passem atestados de habilitação com cadeiras que não fez, que escreve textos sobre dinheiro sem saber para o que serão usados, que quando sabe que está a fazer publicidade (o estatuto de deputado proíbe-o) diz que manda um cheque com o dinheiro para trás, mas não se lembra se o mesmo foi ou não descontado.
E diz ele que o primeiro, o que tinha acções da SLN é que tem que dar explicações... são opiniões...