Teoria dos 50% - parte XII

Já falta pouco mais de um mês para os portugueses serem chamados às urnas, pela primeira vez este ano, para escolherem quem vai para o Parlamento Europeu... Nós, portugueses, não vemos que trabalho fazem os nossos eurodeputados. Para a maioria aquilo não passa de um grande tacho, ou quem sabe, de um panelão.
Isto não quer dizer que não trabalhem, mas se já existe uma desconfiança face ao trabalho dos deputados e outros titulares de cargos públicos aqui no país, essa desconfiança aumenta quando não vemos as caras daqueles que vão trabalhar para tão longe.

Ora para acalmar os ânimos, foi decidido aumentar o salário dos pobrezinhos, passando para o dobro, o que se justifica pela regra de "salário igual para trabalho igual", aproximando-se dos seus colegas europeus. Coitadinhos, que ganhavam mais de 3000 €, passarão a auferir mais de 7000. Dizem, e bem, que o sacrifício exigido é maior, e por isso têm que ser melhor recompensados, mas... é um bocadinho muito, sobretudo em períodos de crise.
Outro problema para estes sacrificados... por cada dia de trabalho efectivo, ou seja, se comparecerem a reuniões, ganham 200 e tal euros e se essa reunião for fora da UE ainda ganham mais cento e tal. Tudo ajudas de custo.
Isto sem contar com as viagens e casa paga.

Será que isto era vital? (trocadilho)


PS: faltou dizer onde isto se encaixava na teoria dos 50%. Ora se passam a receber o dobro, é porque recebiam metade, logo, 50%... tenho dito.