E chegou ao fim...

Pelo menos para mim, porque não farei mais comentários sobre as eleições do próximo domingo para além deste.

Domingo vai-se decidir tudo.
Eu já sei em quem vou votar, e muitos pensam como eu, mas muitos são ainda os indecisos. Mas não há muito que pensar.

Se passamos a vida a dizer mal do Sócrates, votamos contra ele. Tirá-lo de lá, feliz ou infelizmente, só com a vitória do PSD. Portanto a escolha é fácil.
No entanto, e por convicção podemos não defender nem um nem outro. Mas podemos até achar que com a ajuda de um lado da barricada ele pode ser menos mau. Se quisermos que vire à esquerda, votamos CDU. Mas podemos querer que ele vire à esquerda, e inverta o sentido de marcha do país, por isso votamos BE. Então e o CDS? Para que serve?
Serve para aqueles que, não votando Sócrates (não há PS, só o líder), também não querem que o partido vire à esquerda, com medo que comece a capotar. Por isso escolhem a direita, e por enquanto só CDS.
Isto se quisermos reforçar a força dos que já lá estão. Porque podemos sempre escolher um dos novos, ou dos pequenos. O MEP é muito bom, porque conseguiu num ano ser a 6ª força política nas europeias. Os outros, é um pouco como ir à pesca de noite. Não se sabe muito bem se é peixe ou lixo, mas com certeza terão as suas virtudes.

Do melhor da campanha temos os debates da pré-campanha, porque correram de forma muito diferente do que se esperava, para melhor. A Manuela esteve muito bem, o Louçã teve que se justificar ao Sócrates, o Portas sempre combativo, o Jerónimo muito calmo e comunista, o Sócrates, enfim, esteve bem, mas agiu como se não tivesse sido Primeiro-Ministro, com uma grande maioria absoluta.
O pior da campanha: os casos, as escutas, os silêncios, o Salazarismo... enfim.

Escolham, mas escolham bem. Nada está perdido, as sondagens valem exactamente o valem...nada. Não se deixem influenciar. Façam o que fizerem, mas votem. Se eles são maus, são os que nós, em democracia escolhemos. A responsabilidade é de todos.