Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

08 julho 2006

O Mundial está quase a acabar...ainda bem


Quem ler o título acima, poderá pensar que não vibrei com as vitórias da nossa selecção. Apesar de não ser um grande apreciador de futebol, quando a nossa selecção joga, faço aquilo que qualquer português deve fazer quando alguém representa o nosso país lá fora, sentir um grande orgulho. E foi com grande alegria que vi a nossa selecção avançar ao longo deste Mundial, e com alguma tristeza, vi o nosso sonho adiado, mas o nosso orgulho sempre no topo.
Refiro-me então a toda a programação em torno do Mundial. Sejam eles programas de informação, entretenimento, e por aí fora, poucos são os que se aproveitam. Considero-os mesmo, uma perda de tempo.
São noticias repetidas de manhã até à noite, sem nada de novo. Desde que começa a ser transmitida informação até à noite somos informados vezes sem conta, com reportagens repetidas, de coisas que, muitas vezes, não têm interesse nenhum. Mas enfim, estes programas, que por vezes são acompanhados por ‘treinadores de bancada’ têm que ser preenchidos com alguma coisa, para não correrem o risco de serem considerados inúteis, embora já o sendo.
Por outro lado temos os programas já existentes, dedicados ao Mundial do género ‘Fátima em Contacto com o Mundial’, que são, no mínimo, uma piroseira. Depois trazem convidados fantásticos, são eles a Ágata, o António Calvário, a Tonicha, o Zé Malhoa (são aqueles que são contra os downloads ilegais de música, porque lhes arruínam as vendas. Como se alguém, no seu perfeito juízo, fizesse downloads das suas músicas). E depois convidam o senhor alemão, que é agricultor no Alentejo, há 2 meses e fala um português, muito parecido com aquilo que eu digo quando estou com a boca dentro de água (não é uma critica, é um facto). Ou então um cabeleireira de Azeitonas de Baixo, que faz daqueles penteados à Morangos com Açúcar (as grandes cristas, e aqueles fantásticos ‘cortezinhos’ que se fazem ao pé das orelhas, e que dão um ar sensacional…parece que a máquina falhou o corte) que começou a cortar o cabelo aos miúdos da zona, em forma de bola de futebol, e a pintar os cabelos das moças, com as cores da bandeira nacional. Ou então convidam um grupo musical mexicano, e a Rita Ferro Rodrigues pergunta-lhes: como se canta los parabiens en mexicano? (em ‘mexicano’ parabéns diz-se ‘cumpleaños’).
Uma coisa, que por vezes é boa, neste processo todo, é a contra-programação, ou seja, aquilo que os outros canais transmitem, antes e depois do jogo, visto que durante é difícil fazer concorrência. Estreias de filmes, documentários, episódios especiais de novelas…e tantas outras coisas que supostamente vão atrair mais público.

Mas é isto que a malta gosta, não é? Só sei que com menos preocupação e investimento, também se faz boa televisão…




















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