Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

02 novembro 2009

O colégio militar... não é coisa para meninos

Que o colégio militar usa a força para impor algumas regras, parece que já todos percebemos que é verdade. Mesmo que não seja a forma indicada, ou até mesmo legal, para o fazer, o que é certo é que as queixas e notícias que têm chegado até nós indicam essa realidade.
Vamos por partes.
É um colégio militar, portanto algumas regras terão que ser bem mais apertadas, e tenho a certeza que nenhum dos alunos que lá está, quando é chamado à atenção, não responde com agressividade ou diz que vai contar aos pais, e eles vêm lá, e fazem e acontecem... como acontece em tantas outras escolas. Por isso até nem sou realmente contra o uso de alguma "violência" (não se trata de porrada ou abusos psicológicos, mas sim defender o papel importante do educador). Ponto final parágrafo.
É correcto haver violência física como castigo? Não, porque acima de tudo está-se a educar crianças, e sobretudo quando, ao que parece, a violência até nem vinha dos "professores" (não sei se é assim que são tratados, mas enfim, os educadores, ou os responsáveis por passar a educação), mas sim de outros alunos mais velhos que, tal como num sistema hierárquico militar, vão adquirindo alguns "poderes".
Outra situação, e essa é a que mais me custa a perceber. Eu entendo que os alunos que são violentados não queiram queixar-se ou denunciar a situação, porque isso revelaria da sua parte alguma inferioridade, e "mariquice", porque não aguentaram a pressão. Mas a partir do momento que os pais sabem desta situação, porque raio insistem em que o Colégio mude de práticas, em vez de tirar os alunos dessa instituição? Haverá com certeza algum prestígio por lá ter estudado, e algumas famílias terão já alguma tradição familiar, mas o mal corta-se pela raiz, e se não houver alunos a quererem ir lá para, ou muitos que desistem, alguma coisa não estará bem.

Ponto final, para acabar. Fazer disto bandeira de luta, como o bloco está a fazer, é interessante, mas não compreensível. Defender as boas práticas nas instituições públicas, tudo bem, daí estou de acordo, mas fazer disso uma luta festivaleira, força... mas não contem comigo.

Tenho dito.