Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

27 janeiro 2010

As Chavez do Poder

Os últimos dias têm sido fartos de tiras e saídas do nosso tão bem amado Hugo, de seu apelido Chavez.

Já não há quem o aguente, pelo menos as pessoas com alguma capacidade de raciocínio. A sua raiva contra o imperialismo americano, a sua falta de visão estratégica para um país que já teve e que podia ter tudo do bom e do melhor, entre tantas outras coisas, tornam-no uma persona non grata e isso é uma pena.

A bem das nossas relações económicas, sobretudo devido à dependência do petróleo, Sócrates tem sabido gerir as nossas relações com este líder. Não o critico, mas é uma pena que tenha que ser assim.

Cortou recentemente o sinal por cabo de 5 canais (internacionais até) porque se recusavam a seguir as regras do país que incluem a transmissão dos seus discursos e eventos que entenda. Dizem eles que não é uma falta de liberdade de expressão, porque os canais foram apenas penalizados por não cumprirem as regras. Têm razão? Claro que não. Se essa regra existe, não havia de existir num país democrático obviamente.

Se um grupo de opositores a Chavez faz uma manifestação, logo têm de enfrentar uma enxurrada de seus "apoiantes", porque mal era se os opositores fossem mais do que apoiantes.

Ainda estes dias, numa manifestação de estudantes, um dos grupos sociais que mais se opõem a este presidente, dois jovens acabaram mortos, entre eles uma jovem de 15 anos. E parece que nada se passa.

As suas escolhas políticas e económicas vão acabar por afundar o país.
  • Aumentar salários em 25% e ao mesmo tempo querer controlar a inflação? Como?
  • Controlar a inflação com a invasão de lojas pelo exército? Ouvi bem? É a teoria económica mais louca que ouvi até hoje, mas pode ser que resulte.

Agora diz também que a culpa do terramoto do Haiti é dos EUA, que usaram uma arma nova e não sei mais o quê, teoria muito parecida com a que vem no site do Bloco que diz que a culpa do país estar como está é dos EUA (como sempre, obviamente).
E que a ajuda dos EUA é interesseira, que está a tentar invadir o Haiti. É muito fácil falar quando se está de fora. Se ele fosse um Presidente "à maneira" tinha ele próprio, como militar que é, partido com uma esquadra de aviões, frota de navios e tudo o mais para ajudar o Haiti, em vez de mandar pedras e fugir, que é a atitude mais fácil, nestas situações.

Portanto, as chaves do poder não podem ser dadas a toda a gente, até mesmo para quem já as tem no nome... A bem da Venezuela.