Teoria dos 50% - parte VI

Esta história de tão estúpida que é, valia a pena ser comentada em todos os blogs, jornais, e coisas assim do mesmo género.

Um casalinho de namorados, na sua inocência, decidiu jogar no euromilhões (ninguém sabe dizer ao certo quem foi levar o papelito à máquina para registar, ou quem deu os números certos, só se tem a certeza que jogaram em conjunto).

Sorte das sortes e o casalinho lá ganhou um premiozinho (pasmem-se) de 22 milhões de euros.

Foram a correr a Lisboa levantar o prémio, e de arrasto levaram os paizinhos da moça para os ajudar a carregar tamanho fardo. Passam por um banco e depositam a cesta dos milhões, numa conta em nome dos quatro (porque raio os paizinhos faziam parte da conta? ah já sei, no caso de lhes acontecer alguma coisa, alguém teria acesso imediato à conta. Mas ele não devia ter levado alguém da sua confiança para também ser parceiro da mesma conta...? parvo)

O mundo entretanto deu meia volta, e por incrivel que pareça, quando o moço decidiu tirar uma pequena porção do prémio a que teoricamente também tinha direito, para entregar à sua família, a moça não gostou, acabou-se o namoro e desde então têm uma disputa em tribunal para ver quem fica com tudo.

Meus amores, aqui a teoria dos 50% era directa: acabou o namoro, 11 milhões para cada um e estavam as contas arrumadas. Mas não!!!

Vamos então ver uma coisa... numa altura tão difícil para tantos portugueses e outras pessoas que andam por esse mundo fora. Quando está tudo em crise, e não se sabe quando isto vai parar, aparecem-me dois palermas, com 11 milhões de euros quase imediatamente ao seu dispor se assim o quiserem, a reclamar para ver se ficam com o dobro.
Sabem o que devia dizer o juíz?

"Ora muito bem, como sois gananciosos, suas bestas, dos 22 milhões, fica 1 milhão para cada um e o resto vai ser entregue a instituições de caridade"

Ponto final, parágrafo...