Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

14 abril 2011

A política é uma arte Nobre

"Se o Dr. Fernando Nobre acha que é mais útil para o país nas listas do PSD do que em casa de pantufas, então acho bem." (Nilton)
Foi com esta reacção do mandatário para a juventude da campanha presidencial do Dr. Fernando Nobre realmente tomei uma posição sobre a escolha de Fernando Nobre para encabeçar a lista do PSD por Lisboa, e com isso ser o candidato do PSD à Assembleia da República.
Obviamente que sendo o Dr. Fernando Nobre um homem apartidário, podendo ter uma visão da melhor orientação política que um país pode ter, terá com certeza muito mais interesse em apoiar alguém que ajudará o país e que resolverá muitos dos seus problemas, do que ficar em casa, à espera que alguém faça um trabalho que ele próprio pode e vai fazer.
Não tinha o PSD candidatos "senadores" dentro do seu partido, ou na sua esfera de "independentes" com mais conhecimento da realidade da Assembleia da República para ser o candidato à presidência desse órgão? Obviamente que tinha. Mas anda meio mundo descontente com os aparelhos partidários e os jogos de interesse, e quando um decide escolher alguém que foge a esse linha, é logo o fim do mundo... mas isto tem alguma lógica? Obviamente que não. Parece que aqueles que o apoiaram tinham todo o interesse em que ele não chegasse a qualquer cargo político, porque agora que tem sérias possibilidades de lá chegar, é porque só quer o "tacho".
Mas se ele não se identifica com as ideias do PSD, como é que aceita estar nas suas listas? Ele já respondeu por isso: é candidato pelo PSD, acredita que Passos Coelho quer fazer alguma coisa para mudar o país para melhor, mas caso não seja eleito presidente da Assembleia da República, renunciará ao cargo de deputado. E com isto diz tudo. O Presidente da Assembleia, não pode esquecer a sua orientação política, mas tem que manter a independência essencial à condução dos trabalhos, por isso, não terá que renunciar àquilo em que acredita.
Eu nem vejo mal nenhum um partido se candidatar já com alguns candidatos a cargos como a Presidência da AR, ou porque não, a ministros. Assim as pessoas já sabiam em quem iriam votar para os governar, e não ser apanhado de surpresa após as eleições (Santos Silva a ministro da Defesa, foi um caso).
Fernando Nobre pode não ter sido uma escolha que recolha a unanimidade interna e externa no partido, contudo é uma opção que não foi escondida, e se muitas vezes o PS acusa o PSD de ter uma agenda escondida (é tão bom inventar problemas quando eles não existes, mas o PS não tem agenda escondida porque todos já viram do que eles são capazes de fazer, ou não fazer), neste caso o PSD mostrou ao que vai: não seremos só nós, não será apenas o partido a ir a votos. Queremos mais, queremos caras novas, não queremos ir a votos e ganhar por ganhar. Queremos ganhar, para mudar o país.
Nestas eleições a decisão é escolher entre mais uma série de anos de má governação (o passado não o deixa mentir) ou então escolher por uma nova visão para o país. O futuro não vai ser fácil, mas vai ser com certeza mais real e com mais dinamismo do que foi até hoje.