Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

02 junho 2011

Está na Hora de Mudar!


Está na Hora de Mudar!
Estamos nas últimas horas da campanha eleitoral para as legislativas mais importantes dos últimos anos. Os tempos que vivemos hoje são excepcionais, e muito dificilmente são aqueles sonhados por os que em Abril de 74 lutaram por um Portugal melhor.
No próximo Domingo, dia 5 de Junho há duas opções: manter o rumo que Portugal levou até aqui, ou optar por um rumo diferente, mudando completamente aquelas que foram as escolhas dos últimos 6 anos. Nestes últimos 6 anos o país foi governado de forma exemplarmente errada, em que se fizeram escolhas completamente desfasadas da realidade, apostando sempre naquilo que não eram as prioridades de um pequeno país periférico da Comunidade Europeia. No primeiro mandato do Governo PS, eleito em 2005, todas as opções podiam ter sido tomadas sem qualquer obstáculo, porque a maioria obtida nessas eleições assim o permitia. Pelo contrário, praticamente tudo o que se fez não dotou o país das ferramentas necessárias para crescer, desenvolver-se, convergir com os seus parceiros europeus e afirmar-se como um pequeno país chave para o processo de integração e crescimento deste espaço europeu. A crítica e a diferença de opinião não foram bem aceites nestes últimos 6 anos. Muitos foram os avisos de que Portugal precisava de Mudar, poucas foram as iniciativas para contrariar estes problemas. Mas ao mesmo tempo uma incongruência inexplicável pairou sempre sobre a governação: ora não era preciso aumentar impostos, ora já era necessário aumentar; ora não era necessário cortar na despesa, ora já era necessário cortar... e tantas outras invenções e faltas à verdade que proliferaram por aí.
Portugal não cresce, perde postos de trabalho todos os dias, não consegue controlar o seu défice e acumula dívida de forma excessiva. O Estado mantém-se com um peso excessivo na economia e a partidarização do Estado ganhou especial enfoque nos últimos 6 anos.
Portugal não deu uma maioria ao PS na últimas eleições, mas não foi por falta dessa maioria que as decisões importantes para o país deixaram de ser tomadas, porque o PSD sempre deu a mão ao país para aprovar aqueles que eram os documentos essenciais, ou pelo menos assim considerados, para ajudar Portugal. Até que chegou a hora de dizer Basta! Não se podia continuar a alimentar um problema, esperando que ele se resolvesse por si próprio, se não fossem tomadas as decisões necessárias para o eliminar.
Portugal precisa de crescer!
Portugal precisa de criar postos de trabalho!
Portugal precisa de ser mais justo!
Portugal precisa de controlar as suas contas públicas!
Portugal precisa de alguém que ponha de lado os interesses pessoais e partidários e devolva a credibilidade a um país com tantos séculos de história!
Só há uma forma de Mudar este rumo, de forma clara e sem demagogias. Porque é fácil encontrar soluções na demagogia e com soluções milagrosas que não são de todo soluções, muito menos são possíveis de aplicar. Vai ser difícil Mudar o país. Vai ser difícil colocar Portugal a crescer. Vai ser difícil dar mais confiança aos portugueses. Mas vai valer a pena quando Portugal Mudar e todos perceberem que a mudança foi para o bem de todos.
No dia 5 de Junho vota com confiança, num partido que cumpre os seus compromissos, que promete aquilo que pode cumprir, que tem um programa claro e explícito, que acredita em Portugal e que sempre liderou Portugal nos seus grandes processos de mudança.
No dia 5 de Junho vota PSD!

01 maio 2011

Chegou a hora de Mudar!

José Sócrates já começou com a campanha do medo e da mentira, como já nos tinha trazido nas últimas eleições (lembram-se quando alguém dizia que votar Manuela Ferreira Leite era voltar aos tempos da outra senhora?). Pois desta vez diz que o PSD aposta na ignorância dos portugueses porque não quer a escola pública. Nada mais mentiroso. O PSD acredita no sistema público de educação, onde todos têm acesso à educação independentemente dos seus recursos, onde os que podem pagar pagam mais do que os que não podem pagar que pagarão muito menos ou mesmo nada, e onde haverá concorrência entre escolas públicas e privadas para prestar este serviço o que será benéfico para uma melhoria da qualidade. Eu gostava que me dissessem verdadeiramente quanto custa um aluno ou uma turma na escola pública, porque de facto temos uma série de entidades a gerir essa escola, onde nenhuma manda mais do que a outra e em que todas intervêm financeiramente na gestão dos vários aspectos da escola (os edifícios são da Câmara, geridas pela Direcção da escola, os conteúdos e professores são do ministério da educação, o transporte é da Câmara, alguns almoços são da Câmara... enfim).
Mas é fácil de ver que José Sócrates não vai dar um passo sem mentir ou inventar algo para criar uma realidade diferente da que se vive hoje. O seu programa de Governo foi apresentado antes do PSD. Logo é um motivo de crítica, porque os que o deitaram abaixo não foram rápidos em apresentar uma solução (ninguém o deitou abaixo, foi ele que se demitiu se bem se lembram). O programa do PS é uma pérola que foi com certeza criado antes mesmo de se demitir, porque já sabia que mais cedo ou mais tarde isso viria a acontecer, e é fácil de justificar isto com os valores do défice orçamental de 2010 que são apresentados nesse documento que correspondem à primeira estimativa (à data da apresentação do programa, há muito que já se conhecia a segunda correcção desse défice que o colocava em 9,1%, acima do valor previsto e que impossibilita alcançar o 4,6% a que se propôs para 2011).
O PSD vai com certeza apresentar um programa de Governo, mas fá-lo-á após a apresentação do plano da troika (FMI, UE e BCE), uma vez que será com base nesse plano que o próximo Governo terá que trabalhar, e não com base no mundo da fantasia do PS e de José Sócrates, o seu querido líder. No PSD o programa foi trabalhado pela mesma pessoa que esteve a trabalhar com a troika, Eduardo Catroga. Da parte do Governo, o ministro responsável por essa negociação foi Silva Pereira (o grande amigo e seguidor do grande líder), e não por Teixeira dos Santos como seria de esperar (entretanto Teixeira dos Santos viu-se obrigado a desaparecer do mapa, pelo seu grande e amado amigo e querido líder). O ministro responsável pelo programa do PS foi Santos Silva, o "malhão" do Governo, que é ministro da Defesa, e por isso usou todos os recursos para defender o partido, esquecendo-se de alterar os dados que o programa apresenta, para valores de 2011.
Já não é só uma questão de programas ou planos diferentes ideologicamente, mas sim do passado de promessas que o PS nos trouxe e não cumpriu. Das fantasias que inventou para nunca ficar mal na fotografia e que acabaram por arrastar o país para o estado a que chegou. Não foi a rejeição do PEC IV que colocou o país nesta crise, porque a invenção do PEC IV foi um fait divers criado para esconder a realidade que já se conhecia, e com a sua rejeição atirar a culpa da crise para quem não o aprovou. A crise existe há muito tempo, e tem sido escondida debaixo do tapete e aos poucos vem sendo conhecida (e o que ainda estará para se saber). Foram os investimentos megalómanos, os aeroportos, as auto-estradas, os TGVs, as empresas públicas, as instituições, agências e outras que se atropelam umas às outras e são mais um sorvedouro dos recursos públicos...
São anos e anos (e então os últimos 6 são o desastre) de aumento da despesa pública sem que com isso se aumente o crescimento, o emprego e a produtividade do país, muito pelo contrário. Por isso chegou a hora de Mudar. E Mudar passa necessariamente por não escolher José Sócrates, e por conseguinte, não escolher PS. A realidade não é nem será fácil. Fácil é prometer aquilo que já se sabe que não é para cumprir para colher votos, e disso já está Portugal farto. O país precisa de olhar o futuro com olhos de ver e saber que o caminho difícil que se apresenta é uma oportunidade para recolocar os pilares do país em novos aspectos, que aproveitem os recursos existentes, valorizando-os; investir em empresas inovadoras e exportadoras, mas realistas; investir no transporte ferroviário; trazer de volta a agricultura e as pescas para a realidade económica do país. Um país tão pequeno como Portugal não pode ser tão desigual, e está na hora de reorientar o rumo do país. Chegou a hora de Mudar!

19 abril 2011

Os políticos

"É conhecida a habilidade de Marinho e Pinho para asneirar. Desta vez, sempre em busca do seu minuto mediático, deu-lhe para apelar a uma “greve à democracia” como forma de “punição pela mediocridade e incompetência dos políticos portugueses”. Reparem bem: o mesmo bastonário que defendeu apaixonadamente o primeiro-ministro José Sócrates nos últimos anos vem agora dizer que a culpa do buraco onde nos meteram é de uma entidade abstracta chamada “políticos”.

A tese não é original. A novidade é que saltou da conversa de café para a lógica de certos comentadores, que em vez de reconhecer os erros, preferem falar nos “políticos”, como se todos tivessem assento no conselho de ministros, como se todos fossem responsáveis, desde o presidente de junta à oposição.

Vamos lá pôr nomes às coisas. Sabemos quem nos governou nos últimos anos. Há nomes e rostos. José Sócrates, Teixeira dos Santos, Silva Pereira, Santos Silva, Mário Lino, Manuel Pinho, entre outros. Foram estes “políticos” e não outros que tiveram o poder executivo durante oitenta meses, grande parte com maioria absoluta. Foram estes “políticos” que negaram a realidade, garantindo que estava tudo bem, sem conseguir inverter a espiral de endividamento.

Perante esta amnésia colectiva vale a pena recordar os factos: 620 mil desempregados, uma pobreza galopante, uma economia em recessão em contra-ciclo com a Europa, défices gigantescos em 2009 (10%) e 2010 (8,6%), a pior dívida pública dos últimos 160 anos, uma classe média endividada, mais impostos, emigração em massa, mais crime, mais divórcios, funcionários públicos desmotivados, a terceira pior taxa de abandono escolar da OCDE.

É esta a nossa realidade. Uma realidade que nos quiseram ocultar durante anos, confundindo o governo do país com uma gigantesca agência de marketing, até acordarmos sem dinheiro para salários e com o FMI a bater à porta.

Por tudo isto, as próximas eleições são muito mais do que um Benfica-Sporting entre partidos. Se aqueles que nos levaram ao buraco não forem penalizados é a sanidade do sistema que está em causa. Uma democracia onde quem governa não é responsabilizado pelos resultados é uma democracia doente, talvez mais do que pensávamos. Será o pagode generalizado, um novo “case-study” da ciência política.

Dir-me-ão que a alternativa tem defeitos e falhas. Falam-me das listas, dos interesses, do aparelho. Reconheço que sim. Mas é essencial inverter o caminho que nos conduziu à bancarrota. Um caminho de ilusão, onde se prometem mais empregos, choques tecnológicos, novas oportunidades, magalhães, cheques-bebé e uma falsa modernidade feita de causas fracturantes que quebram ainda mais o nosso tecido social.

A responsabilidade, tal como a vergonha, tem nomes e rostos. Quem nos conduziu a esta situação humilhante, quem nos amarrou a uma dívida astronómica, deve prestar contas. Para isso servem as eleições. A culpa não pode morrer solteira. Isso sim seria fazer greve à democracia."

Paulo Marcelo, in Diário Económico 19-04-2011

Ser do contra...

É mais fácil ser do contra do que ser a favor. Até porque assim nunca se tem uma posição sobre nada, é-se do contra. Ponto.
Sou contra o estado a que o país chegou, sou contra as medidas de austeridade para tirar o país do estado a que o país chegou, sou contra a flexibilização do mercado de trabalho, sou contra a chanceler Merkel, sou contra os impostos, sou contra os cortes nas despesas, sou contra os mercados, sou contra os juros, sou contra os ratings, sou contra os pedidos de ajuda externa, sou contra o FMI, sou contra o Presidente da República, sou contra conversas, sou contra tudo, num resumo mesmo curto.
E afinal sou a favor do quê? Sei lá, só sei que sou do contra.
No meio disto há quem acredite que isto é que é ser patriótico. Há até quem ache que ser do contra é bom. E então uma solução? Já que sou do contra devo ter uma solução contrário a isto... Pois devo, mas também sou contra a haver soluções, por isso...

Que não se queira negociar com a "troika" (de todas as palavras de origem russa que conheço, esta é sem dúvida a melhor) até aceito. Que não se aceite reunir com eles para dizer isso, ou dizer quais são as suas opções, isso já não aceito. A esquerda parlamentar portuguesa decidiu excluir-se de ajudar o país, e ajudar o país não significa necessariamente fazer acordos com a "troika", mas pelo menos podiam conversar com eles... são opções!

14 abril 2011

A política é uma arte Nobre

"Se o Dr. Fernando Nobre acha que é mais útil para o país nas listas do PSD do que em casa de pantufas, então acho bem." (Nilton)
Foi com esta reacção do mandatário para a juventude da campanha presidencial do Dr. Fernando Nobre realmente tomei uma posição sobre a escolha de Fernando Nobre para encabeçar a lista do PSD por Lisboa, e com isso ser o candidato do PSD à Assembleia da República.
Obviamente que sendo o Dr. Fernando Nobre um homem apartidário, podendo ter uma visão da melhor orientação política que um país pode ter, terá com certeza muito mais interesse em apoiar alguém que ajudará o país e que resolverá muitos dos seus problemas, do que ficar em casa, à espera que alguém faça um trabalho que ele próprio pode e vai fazer.
Não tinha o PSD candidatos "senadores" dentro do seu partido, ou na sua esfera de "independentes" com mais conhecimento da realidade da Assembleia da República para ser o candidato à presidência desse órgão? Obviamente que tinha. Mas anda meio mundo descontente com os aparelhos partidários e os jogos de interesse, e quando um decide escolher alguém que foge a esse linha, é logo o fim do mundo... mas isto tem alguma lógica? Obviamente que não. Parece que aqueles que o apoiaram tinham todo o interesse em que ele não chegasse a qualquer cargo político, porque agora que tem sérias possibilidades de lá chegar, é porque só quer o "tacho".
Mas se ele não se identifica com as ideias do PSD, como é que aceita estar nas suas listas? Ele já respondeu por isso: é candidato pelo PSD, acredita que Passos Coelho quer fazer alguma coisa para mudar o país para melhor, mas caso não seja eleito presidente da Assembleia da República, renunciará ao cargo de deputado. E com isto diz tudo. O Presidente da Assembleia, não pode esquecer a sua orientação política, mas tem que manter a independência essencial à condução dos trabalhos, por isso, não terá que renunciar àquilo em que acredita.
Eu nem vejo mal nenhum um partido se candidatar já com alguns candidatos a cargos como a Presidência da AR, ou porque não, a ministros. Assim as pessoas já sabiam em quem iriam votar para os governar, e não ser apanhado de surpresa após as eleições (Santos Silva a ministro da Defesa, foi um caso).
Fernando Nobre pode não ter sido uma escolha que recolha a unanimidade interna e externa no partido, contudo é uma opção que não foi escondida, e se muitas vezes o PS acusa o PSD de ter uma agenda escondida (é tão bom inventar problemas quando eles não existes, mas o PS não tem agenda escondida porque todos já viram do que eles são capazes de fazer, ou não fazer), neste caso o PSD mostrou ao que vai: não seremos só nós, não será apenas o partido a ir a votos. Queremos mais, queremos caras novas, não queremos ir a votos e ganhar por ganhar. Queremos ganhar, para mudar o país.
Nestas eleições a decisão é escolher entre mais uma série de anos de má governação (o passado não o deixa mentir) ou então escolher por uma nova visão para o país. O futuro não vai ser fácil, mas vai ser com certeza mais real e com mais dinamismo do que foi até hoje.

12 abril 2011

Ora bem: o PS e o Governo querem dizer agora que o presidente do PSD tem mau feitio porque afinal ele até falou pessoalmente com o Primeiro-Ministro, e não só por telefone, sobre as medidas do PEC.
Sim, o PM telefonou ao presidente do PSD para ele ir lá a casa para lhe apresentar o PEC IV. Um PEC que já estava definido, já tinha sido aprovado pelas instituições europeias, não ia ser negociado, e dois dias antes não tinha sido considerado preciso durante a apresentação da Moção de Censura do BE. Não era para negociar, nem para falar sobre o assunto. O PM só queria apresentar aquilo que dias antes dizia não ser preciso.
E o engraçado é que ninguém até hoje tinha falado dessa ida a S. Bento, porque, obviamente não acharam que traria qualquer relevância ao caso. O presidente do PSD lá disse numa entrevista que tinha ido a S. Bento (era escusado tocar nesse assunto, se se tinha entendido não falar nisso logo no início). E o PS vá de aproveitar logo com dois grandes senhores (vá, o Assis até é bom rapaz, agora o outro... enfim...) a dizer que afinal o Governo até quis falar pessoalmente com o Presidente do PSD.

Eu gostava de saber o que andou a fazer o Governo nestes últimos anos, para deixar o país no estado a que chegou... E a comunicação social está a jogar o jogo do PS e do Governo... o que lá vai, lá vai... e de quem é a culpa...? Do PSD, obviamente, porque não deixou o PS continuar a estragar o país...

28 março 2011

O presidente Lula

veio a Portugal, e foi ontem jantar com José Sócrates e Mário Soares, uma oportunidade informal para uma conversa entre dois ex-Presidentes de Repúblicas e um Primeiro-Ministro que está prestes a ser demitido. Ora o Presidente Lula, por saber que o país do lado de cá do Atlântico está com graves problemas económico-financeiros, veio ajudar o PM Sócrates, dizendo que Portugal deve evitar a vinda do FMI, porque eles nunca vêm resolver nada, vêm antes criar ainda mais problemas. Recomendou porém, que pedissem ajuda aos amigos europeus.
Ora a ajuda que os países europeus podem dar é sem dúvida uma solução, mas que passa também pelo FMI, condição que o ainda PM de Portugal apoiou, e não se ouviu vozes contra na altura, ao ter-se incluído o FMI no Fundo Europeu que ajudará os países que requisitem essa ajuda.
Não se espera que o Presidente Lula saiba tudo o que se passa na Europa, mas espera-se que o PM de um país não minta de forma descarada (eu sei que ele detesta que lhe digamos que ele mentiu, por isso vou corrigir e digo antes que ele faltou à verdade). Se Portugal precisar de ajuda (há muito que recebe ajuda do BCE, caso contrário não teria conseguido emitir divida), vai com certeza pedir ajuda aos amigos europeus, e estes, por sua vez, pedirão ajuda ao FMI... gostava que alguém me explicasse por A+B (isto sem usar esquemas manhosos como apelos à desgraça, e sentimentos de derrota pessoal, e perdas de independência, e não sei mais o quê, por isso usem mesmo factos, e consequências reais) qual a diferença entre pedirmos ajuda aos amigos europeus, e andarmos aqui a atabalhoar medidas de austeridade, atrás de medidas de austeridade, com os ratings sempre a cair, e os juros sempre a subir...

27 março 2011

E vamos vivendo, de buraco em buraco...

Após o pedido de demissão do Governo (que ainda não foi aceite) tivemos um pequeno período em que "gradas" figuras da nação apelavam a que o Presidente da República exigisse uma auditoria às contas públicas para que se soubesse antes das eleições qual a verdadeira situação do país, e não acontecesse o que aconteceu após a vitória de Durão Barroso e de José Sócrates, que exigiram essa auditoria quando tomaram posse e descobriram, cada um, buracões nas contas públicas, o que lhes deu a possibilidade de não cumprir metade do que se propuseram fazer, e exigir sacrifícios aos portugueses.
Ora tudo isto parecia lógico, até demais, mas vai-se a saber e surge, pouco tempo depois, uma panóplia de autoridades contra esta auditoria, com medo que se descubram mais buracos nas contas e que isso traga mais instabilidade ao país. As instituições europeias (a Merkel incluida) têm receio que se encontre buracos e isso prova a incapacidade das instituições europeias em controlar as finanças dos seus estados-membros. Inclusive o Presidente da República parece não estar interessado nesta auditoria.
E agora questiono eu: se, mais cedo ou mais tarde, o verdadeiro estado das contas públicas vem a ser público, com as consequências que isso acarreta; se um governo em gestão pode tomar todas as decisões que forem necessárias para gerir o país (interpretação lata da Constituição da República Portuguesa) e acredito que contará com o apoio de alguma oposição se isso salvar o país; porque raio não se faz uma auditoria já, para evitar surpresas futuras? Não sei, devo andar (eu e mais algumas pessoas) muito enganado relativamente à melhor forma de gerir um país. Mas isso sou eu que ainda sou jovem e não conheço o mundo como ele deve realmente ser... Baseei-me nisto para escrever este post.