Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

31 julho 2006

Fair play - ER

O episódio desta tarde do Serviço de Urgências (ER) fez-me sentir que por mais evoluído que o ser humano esteja, vai sempre manter alguns aspectos mais comuns aos animais irracionais.

Entre outras coisas o episódio começa com uma extraordinária greve dos serviços de manutenção que provoca o caos no serviço urgência, com sacos de lixo espalhados por todo o lado e atrasos no cumprimento dos serviços. Chega então à urgência um jovem que durante um jogo é ‘atacado’ por um elemento da equipa adversária, que não teria outra intenção senão’dar cabo dele’. Esta ‘falta’ não acaba por aqui. Durante o jogo ocorrem mais agressões, inclusive às e entre as famosas cheerleaders.

È neste ponto que quero assentar a minha ideia de que o ser humano será sempre um animal. Quantas vezes não vemos e ouvimos agressões deste género durante e devido a jogos. Agressões essas que podem começar dentro do campo, onde estão os verdadeiros intervenientes do jogo, ou então começam nas bancadas ou fora dos campos, onde aqueles que se dizem ‘adeptos’, por razões que não lembram ao diabo, invadem campos, atiram cadeiras e no auge da sua fúria insultam e agridem quem bem lhes apetecer. É óbvio que por vezes, estas reacções ocorrem por acção de alguns influenciadores líquidos ou de outra espécie, que retiram ao ‘adeptos’ qualquer capacidade de resistência aos seus instintos. Mas e quando estas reacções são apenas e só explicadas pela natureza do adepto? Será que uma boa terapia conseguirá resolver os seus problemas?

Voltando ao episódio, mais feridos vão chegando ao hospital, acompanhados por quem entendia que o devia fazer, e gera-se então a maior confusão de gente, num serviço que em condições normais já não conseguia responder aos pedidos que iam chegando. O tal rapaz que tinha sido agredido, é submetido a uma pequena e supostamente simples cirurgia, sobre a qual não me vou adiantar, mas que, devido às fracas condições existentes começa a complicar-se e a sua recuperação passa a ser cada vez mais difícil.
Ao saber que ele poderia morrer, um dos seus amigos tenta ‘recuperar’ a sua vida atacando o seu agressor, que também tinha dado entrada no hospital, vítima de uma retaliação que lhe fracturara uma perna.
Confuso?
Pois, e os murros são como as cerejas (umas atrás das outras) e daí até termos o hospital cheio de mais feridos e menos condições ainda foi um passo. Até os médicos levaram com eles em cima.
O primeiro agredido lá se safou.
Parece que a ideia do seu amigo resultou…

Quem é que tem culpa no meio disto tudo…? O pessoal da manutenção, que lutando por mais 1 dólar diário não permitia que o hospital trabalhasse com as melhores condições possíveis.

Haja paciência…
Quanto mais temos mais queremos. Um simples jogo de futebol, que não passa disso mesmo, e não traz real proveito senão àqueles que lá estão a jogar, acaba por ser uma coisa que passa todas as barreiras daquilo que é aceitável.




PS.: Como devem ter reparado não estou aqui a criticar adeptos de clube nenhum, porque em todos eles existem adeptos 'bons' e adeptos 'maus'... E em relação às greves, cada um deve lutar por aquilo que entende ser os seus direitos, mas de forma bem pensada...

12 julho 2006

Cuidado com os microfones...

Estava eu a ver parte da transmissão do debate mensal do primeiro-ministro na AR, no canal 2, quando começa a haver falhas no som.
A certa altura ouve-se um repórter que estaria prestes a entrar no ar, no canal 1, a tentar passar informação a um qualquer colega. Ainda bem que não lhe aconteceu como a um colega de outro canal, durante a invasão do Iraque que, na ausência de som no seu auricular, começa a tentar informar os técnicos pelo seu microfone, não sabendo ele que o seu som ainda estava no ar. Por azar, foi infeliz em algumas coisas que disse, mas enfim...são os directos.
Pois bem, voltando ao assunto anterior, ficamos a saber pelo repórter que 'o Sócrates atrasa-se sempre', 'Fica sempre na converseta', 'podem por a peça no ar que ele espera, não me vai abandonar'.
A vida de Jornalista é mesmo assim, quando tudo corre bem é uma festa. Ainda bem que ele não se pôs a falar mal do nosso Primeiro-Ministro. Desconfio que por esta altura o rapazinho já estaria a ler a carta de despedimento.

Mas também, como ninguém vê o canal Parlamento...

11 julho 2006

No fundo somos todos portugueses

Vi ontem num noticiário qualquer uma notícia sobre a não atribuição da nacionalidade portuguesa a uma cidadã indiana. Justificavam esta negação com o não conhecimento, por parte da referida cidadã, da história e cultura do nosso país, e também por não saber o Hino Nacional.








Acho muito bem. Só se deve dar a nacionalidade portuguesa a quem demonstrar ser o que qualquer português é.
E foi o que os jornalistas fizeram. Procuraram saber junto dos portugueses, aquilo que a senhora indiana devia saber:
Quem foi Camões?
-Um Rei de Portugal, como toda a gente sabe.

Quem descobriu o Caminho marítimo para a India?
-Pedro Alváres Cabral, em 1500.
ou então
-Egas Moniz, D. Afonso Henriques, o Infante D. Henrique...

Quem foi o primeiro Rei de Portugal?
-Foi um D. João qualquer...

......


Cada vez mais começo a achar que a senhora já devia ter a nacionalidade portuguesa.
Em relação ao Hino, às vezes a malta falha um ou outro verso, mas tirando isso ainda se vai safando, vale-nos os jogos da Selecção para ir treinando.

E já agora, em relação à lei da Nacionalidade:








Então em que é que ficamos? A senhora tem ou não que saber o Hino? Ou teve azar e o juiz que tratou do caso dela é ligeiramente 'marreta'...?

08 julho 2006

O Mundial está quase a acabar...ainda bem


Quem ler o título acima, poderá pensar que não vibrei com as vitórias da nossa selecção. Apesar de não ser um grande apreciador de futebol, quando a nossa selecção joga, faço aquilo que qualquer português deve fazer quando alguém representa o nosso país lá fora, sentir um grande orgulho. E foi com grande alegria que vi a nossa selecção avançar ao longo deste Mundial, e com alguma tristeza, vi o nosso sonho adiado, mas o nosso orgulho sempre no topo.
Refiro-me então a toda a programação em torno do Mundial. Sejam eles programas de informação, entretenimento, e por aí fora, poucos são os que se aproveitam. Considero-os mesmo, uma perda de tempo.
São noticias repetidas de manhã até à noite, sem nada de novo. Desde que começa a ser transmitida informação até à noite somos informados vezes sem conta, com reportagens repetidas, de coisas que, muitas vezes, não têm interesse nenhum. Mas enfim, estes programas, que por vezes são acompanhados por ‘treinadores de bancada’ têm que ser preenchidos com alguma coisa, para não correrem o risco de serem considerados inúteis, embora já o sendo.
Por outro lado temos os programas já existentes, dedicados ao Mundial do género ‘Fátima em Contacto com o Mundial’, que são, no mínimo, uma piroseira. Depois trazem convidados fantásticos, são eles a Ágata, o António Calvário, a Tonicha, o Zé Malhoa (são aqueles que são contra os downloads ilegais de música, porque lhes arruínam as vendas. Como se alguém, no seu perfeito juízo, fizesse downloads das suas músicas). E depois convidam o senhor alemão, que é agricultor no Alentejo, há 2 meses e fala um português, muito parecido com aquilo que eu digo quando estou com a boca dentro de água (não é uma critica, é um facto). Ou então um cabeleireira de Azeitonas de Baixo, que faz daqueles penteados à Morangos com Açúcar (as grandes cristas, e aqueles fantásticos ‘cortezinhos’ que se fazem ao pé das orelhas, e que dão um ar sensacional…parece que a máquina falhou o corte) que começou a cortar o cabelo aos miúdos da zona, em forma de bola de futebol, e a pintar os cabelos das moças, com as cores da bandeira nacional. Ou então convidam um grupo musical mexicano, e a Rita Ferro Rodrigues pergunta-lhes: como se canta los parabiens en mexicano? (em ‘mexicano’ parabéns diz-se ‘cumpleaños’).
Uma coisa, que por vezes é boa, neste processo todo, é a contra-programação, ou seja, aquilo que os outros canais transmitem, antes e depois do jogo, visto que durante é difícil fazer concorrência. Estreias de filmes, documentários, episódios especiais de novelas…e tantas outras coisas que supostamente vão atrair mais público.

Mas é isto que a malta gosta, não é? Só sei que com menos preocupação e investimento, também se faz boa televisão…




















Sem comentários...

06 julho 2006

Portugal no Mundial...

Enquanto português só me compete dar os parabéns a todos os que tornaram possível as meia-finais à nossa selecção. Infelizmente, nem todos os sonhos se tornam realidade, e a final, mais uma vez como há quarenta anos, ficou adiada.
Mas enfim, a vida continua, e temos que ter esperança, e continuar a apoiar Portugal, não só na selecção de futebol, mas em tudo.

A destacar deste mundial, entre tantas polémicas, está a 'grande' capacidade que os nossos Tugas tiveram para influenciar as decisões dos árbitros. O nosso Ronaldo, na sua boa fé, fez tanta pressão que conseguiu arrancar um vermelho para o pobre do Rooney, que, segundo alguma imprensa, ameaçou parti-lo ao meio. O que até pode nem ser mau, porque ficariamos com dois meios Ronaldos, em vez de um só.

Concordo com todas estas afirmações. Sobretudo no jogo da Holanda, quando o Deco influenciou o árbitro a mandá-lo para o banco, sem saber bem porquê. Ou quando mostra amarelo ao Ricardo, no mesmo jogo.
No jogo com a França, acho melhor nem comentar (mas já comentando) os tão falados 'erros humanos', que incrivelmente, pendiam apenas para o nosso lado.

Venha daí um terceiro lugar, que sempre é melhor que um pontapé nas costas.





Já agora, andava eu a votar no nosso Cristiano para ser o melhor jovem jogador deste mundial, e reparo que no seu perfil havia alguns erros que, embora não alterem em nada a sua prestação e qualidade, não ficam bem num site que devia ser o mais preciso possível, para não criar mais polémicas.








Pensava que tinha estado no Sporting Clube de Portugal.
Mais à frente, no texto do perfil, aparece o nome 'Sporting' mas como sendo 'Sporting de Lisboa'.