Nuestros hermanos...

Sócrates já nos tinha entusiasmado com as suas grandes habilidades no "portunhol". A sua visão estratégica ESPANHA ESPANHA ESPANHA reflecte-se bem na sua grande capacidade de hablar com nuestros hermanos...






Edite Estrela seguiu-lhe as passadas aqui.

Somos muito bons a fazer este esforço, é pena que nunca seja recíproco.

Auschwitz

Somos seres humanos. As diferenças que nos separam, são as mesmas que nos unem e definem como sociedade, e por isso temos que saber conviver com elas.



Hoje comemoram-se 65 anos do dia em que o Exército Vermelho libertou o Campo de Concentração de Auschwitz do domínio alemão, libertando assim alguns dos prisioneiros que lá se encontravam e esperavam o dia em que seriam eliminados.
Encontraram homens e mulheres com pesos entre os 25 e 35 kg, milhões de peças de roupa, sapatos, óculos, dentaduras e inclusive toneladas de cabelo humano. Um espectáculo de horrores, infeliz da nossa história.

Quem lá entrava era recebido com um irónico “Só o trabalho liberta”, descrevendo da forma mais cínica o que lá se passava: trabalho, sofrimento, morte.

Nunca é de mais lembrar o nosso passado, por mais mórbido que seja. E que sirva como uma lição, se não para todos, pelo menos para aqueles que olhem para imagens como esta e acreditem que o mundo pode ser muito melhor do que isto

As Chavez do Poder

Os últimos dias têm sido fartos de tiras e saídas do nosso tão bem amado Hugo, de seu apelido Chavez.

Já não há quem o aguente, pelo menos as pessoas com alguma capacidade de raciocínio. A sua raiva contra o imperialismo americano, a sua falta de visão estratégica para um país que já teve e que podia ter tudo do bom e do melhor, entre tantas outras coisas, tornam-no uma persona non grata e isso é uma pena.

A bem das nossas relações económicas, sobretudo devido à dependência do petróleo, Sócrates tem sabido gerir as nossas relações com este líder. Não o critico, mas é uma pena que tenha que ser assim.

Cortou recentemente o sinal por cabo de 5 canais (internacionais até) porque se recusavam a seguir as regras do país que incluem a transmissão dos seus discursos e eventos que entenda. Dizem eles que não é uma falta de liberdade de expressão, porque os canais foram apenas penalizados por não cumprirem as regras. Têm razão? Claro que não. Se essa regra existe, não havia de existir num país democrático obviamente.

Se um grupo de opositores a Chavez faz uma manifestação, logo têm de enfrentar uma enxurrada de seus "apoiantes", porque mal era se os opositores fossem mais do que apoiantes.

Ainda estes dias, numa manifestação de estudantes, um dos grupos sociais que mais se opõem a este presidente, dois jovens acabaram mortos, entre eles uma jovem de 15 anos. E parece que nada se passa.

As suas escolhas políticas e económicas vão acabar por afundar o país.

• Aumentar salários em 25% e ao mesmo tempo querer controlar a inflação? Como?
• Controlar a inflação com a invasão de lojas pelo exército? Ouvi bem? É a teoria económica mais louca que ouvi até hoje, mas pode ser que resulte.

Agora diz também que a culpa do terramoto do Haiti é dos EUA, que usaram uma arma nova e não sei mais o quê, teoria muito parecida com a que vem no site do Bloco que diz que a culpa do país estar como está é dos EUA (como sempre, obviamente).
E que a ajuda dos EUA é interesseira, que está a tentar invadir o Haiti. É muito fácil falar quando se está de fora. Se ele fosse um Presidente "à maneira" tinha ele próprio, como militar que é, partido com uma esquadra de aviões, frota de navios e tudo o mais para ajudar o Haiti, em vez de mandar pedras e fugir, que é a atitude mais fácil, nestas situações.

Portanto, as chaves do poder não podem ser dadas a toda a gente, até mesmo para quem já as tem no nome... A bem da Venezuela.

Extreme Man

Já sabíamos que Sócrates era um animal feroz... mas agora sabemos que é um homem de extremos.
Em dois anos conseguiu o impossível: teve o melhor e o pior défice da democracia portuguesa.

O problema é que o último a conseguir foi mesmo o pior, apesar de todos os avisos e previsões erradas, o défice acabou por superar todas as expectativas.
9,6% parece mal, tendo em conta que 10% era um valor mais certo, até mesmo para fazer trocos...

Directamente...

O PSD tem falta de directas, dizem uns, outros dizem que o problema é a falta de congressos... para mim o que falta é liderança, agora se vem das directas, ou se se arranja em congressos...
Quando Manuela Ferreira Leite venceu as últimas directas, vinha resolver um problema sobretudo de confiança que o PSD demonstrava, e que se agravou durante o mandato de Luís Filipe Menezes. A culpa nunca é de ninguém nestas coisas, e a troca de galhardetes ainda não parou, mas o que é certo é que o problema da confiança já passou, agora é uma questão de falta de qualquer coisa que devolva ao PSD a sua capacidade de liderança.

Pedro Passos Coelho há muito que vem trilhando os rumos da sua candidatura, e por tal não me parece que seja uma grande surpresa se vencer as próximas directas, porque qualquer candidato que se apresente, tem menos tempo de campanha e discussão de ideias do que o próprio Pedro.
O problema, é que apesar de existirem muitos e bons militantes, não devem haver assim tantos que tenham coragem de enfrentar esta situação e tirar o partido deste marasmo.

Paulo Rangel tem poucos anos de militância (não quer dizer nada) mas parece-me que ganhar as europeias não chega para unir um partido. Marcelo Rebelo de Sousa seria um bom líder, mas não agora. Santana Lopes, outra vez, não me parece. Aguiar Branco, porque não? Mas tem feito um bom trabalho na bancada parlamentar, mais do que isso talvez não consiga. Alberto João é um bom líder na Madeira.

O tempo é de alguém novo, que não tenha muitos vícios do poder, que não tenha muitos handicaps de decisões passadas... mas alguém com responsabilidade, que leve o partido a um novo rumo, que não tenha medo de falar, de discordar ou concordar quando é preciso e não apenas porque sim...

Venham as directas...e depressa!

Hugo Chavez diz que...

A playstation é um veneno do Ocidente...

É tipo os putos que não têm, nunca tiveram, e nunca vão ter uma, por diversas razões. Mas para não ficarem mal perante os amigos, dizem que não presta, que há coisas melhores, mas no fundo têm é inveja por não ter...

Os ameaços...

Depois das reuniões de discussão do Orçamento de Estado para 2010, que tiveram início ontem entre a oposição e o Governo, o PSD, CDS-PP e Governo ficaram satisfeitos com a discussão, os outros nem por isso, para variar...

Mas o Ministro veio no final ameaçar que se a despesa fosse aumentada, os impostos teriam que aumentar.
Para quem está de fora acha que já nos estão a preparar mesmo para aumentos.
E de facto estão.
É um aviso à oposição que aprovou no parlamento reduções de receitas e aumentos de despesa, contra o que era a vontade do Governo. Sendo assim, ou há aqui uns ajustes, ou isto vai ser complicado.

É difícil saber qual a melhor opção de política orçamental, sobretudo em períodos de crise. Ainda estamos numa fase de "excessos" mas a correcção vai ter que começar mais cedo ou mais tarde. Mais vale mais cedo, e com calma. As pessoas já estão fartas de apertar o cinto, não nos apertem o cinto outra vez.

Quem ouvisse José Sócrates falar que a crise veio alterar as expectativas dos portugueses, e sobretudo os valores dos indicadores económicos, com certeza que acreditaria que o país viva num mar de rosas antes disto. Mas não era, e não é, verdade. Há muito que somos um país atrasado, e a culpa parece que não é de ninguém. É de todos.

Quando alguém recebe um subsídio, prefere recebe-lo e estar em casa, do que ir trabalhar. Está mal!
Quando vão para o desemprego, muitos nem se preocupam em arranjar trabalho porque dizem que já descontaram muito por isso têm direito ao subsídio de desemprego. Está mal, o subsídio devia ser a coisa mais temporária possível, é uma ajuda, não um direito adquirido.
Os sindicatos, perante inflações negativas, dizem que querem aumentos de 3 ou 4 por cento. Está mal, o salário nominal (o que realmente se recebe) pode não aumentar, mas aumenta o salário real (que é aquilo que o nosso salário pode pagar...).

Isto não está fácil para ninguém. Os portugueses estão fartos de serem os cristos disto e depois aparecem uns GOrDINHOS ou uns aVARAentos que a troco de uns robalos fingem que é tudo legal...
Cortem em pontes, TGVs ou outras do género. Invistam na energia renovável, na agricultura a sério (não em quintais, por amor de Deus), nos empregos ligados à sociedade da informação... e nós, portugueses, alminhas do senhor, vamos ser um bocadinho menos profetas da desgraça e menos egoístas e vamos fazer alguma coisa por isto....

Cada um faz o que quer...

Em casa de cada um, cada um faz o que quer. E por isso, desde que o projecto seja aprovado, posso fazer o que bem me apetecer. Já na escolha dos materiais de acabamento aí sim não há limites. Mas isso, como já disse, na casa de cada um.

Agora em edifícios ou espaços públicos, é preciso adequar as escolhas a critérios de economia, conforto, simplicidade (nem sempre) e acima de tudo funcionalidade.

Eu sei, e disto tenho a certeza, é que em cada um destes projectos há um decorador, arquitecto ou seja lá o que for, que é responsável por escolher o material mais polido que houver, para colocar no chão de tais espaços, para ser mais fácil de escorregar sobretudo quando chove.

E por isso em frente à reitoria da Universidade de Aveiro está um mármore (acho que não é, mas é muito parecido) polidíssimo, fantástico para uns bate-cú...o chão na cantina de Santiago na mesma Universidade também é fantástico (isto para não falar do tecto que deita água em cima das mesas, mas enfim...)...

Os espaços mais polidos são bons, porque são mais fáceis de limpar, são muito laváveis. Mas depois tem este inconveniente de ser mais fácil patinar...

A autarquia Murtoseira é uma das melhores pagadoras...

...a nível nacional.
Em termos de prazos de pagamento às construtoras, a Murtosa surge no topo da tabela, em conjunto com Pampilhosa da Serra, Penedono, Pombal, Ponte de Lima e São João da Pesqueira.
Pode parecer algo menor, uma vez que o normal é haver largos prazos de pagamento, mas o que é certo é que isso gera uma forte segurança às empresas de construção.

Isto acontece porque ao contrário de outras autarquias, onde se prometeu e promete tudo e mais alguma coisa, na Murtosa só se faz o que é possível.

Podem considerar uma má estratégia, mas antes isso do que estarmos no fundo da tabela, certo?

e agora em tom de brincadeira: a gente é pobre, mas a gente é honesto...!

LEGITIMIDADE

Hoje o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado.
Muito se discutiu este tema, desde há vários anos. Hoje, a nossa Assembleia da República, aprovou legitimamente a legislação que permite a igualdade de direitos entre pessoas do mesmo sexo, no que ao casamento diz respeito.

No entanto, não é esse o tema que me traz aqui. Hoje apeteceu-me escrever sobre legitimidade, sobretudo sobre a legitimidade que os nossos deputados têm sobre legislar sobre seja o que for.
Obviamente que o nosso sistema político lhes dá legitimidade para legislarem sobre tudo, a sua decisão pessoal ou partidária irá orientar as opções, mas tirando isso, e respeitando a Constituição, podem os nossos representantes decidir legitimamente sobre os assuntos da nossa sociedade.
Cada partido apresenta-se a eleições com diferentes programas, e por isso os portugueses quando votam escolhem aquele com que mais se identificam ou acham que melhor defenderá as suas ideias.

Um grupo de 92000 cidadãos, considerando este tema um tema importante na sociedade, e querendo ser ouvido para que a melhor decisão fosse tomada, encarregou-se de entregar um documento pedindo a realização de um referendo sobre a matéria.
Tal referendo foi hoje rejeitado, porque obviamente a Assembleia tem legitimidade para decidir sobre o assunto, e por tanto, não precisou de consultar os eleitores sobre a matéria.

Poucos são os que, votando num partido, aceitam e concordam com estritamente tudo o que eles apresentam no seu programa. Por vezes escolhem o menos mau, nem se preocupando muito com o que defendem... e por isso, nenhum partido está a 100% pelo povo para defender seja o que for. Tem uma legitimidade limitada.
Com certeza que, é do seu interesse não consultar o povo perante decisões fracturantes, sobretudo quando o resultado da consulta pode não lhes ser favorável, mas a democracia é assim...

Há partidos que se julgam donos da verdade, e algumas pessoas dentro destes aparentam ter comprado pacotes de verdade, porque a opinião dos outros não interessa para nada. No fundo, quando não lhes interessa, é tudo corrido a Fascistas...


Por isso, e defendendo uma igualdade de direitos para todos, entendo também que aquilo que é diferente deve ser tratado de forma diferente. Posso até ser antiquado naquilo que defendo, mas enfim... A união civil entre pessoas do mesmo sexo, até mesmo se fosse criado um novo conceito abrangendo a união de facto e um contrato civil que incluísse também as pessoas do mesmo sexo seria uma forma mais correcta de tratar este assunto.


O valor simbólico do Casamento devia ter sido preservado, mas como já disse, é a minha opinião.
As maiorias decidem, por isso só peço a todos que sejam felizes agora...

Pela verdade desportiva...

Ontem foi apresentada na Assembleia da República uma petição para que seja discutida a introdução de novas tecnologias no desporto, para que se consiga, com mais exactidão, tomar as melhores decisões, nomeadamente ao nível da arbitragem...

Não me faz confusão que este "factor humano" que é o árbitro seja auxiliado por métodos menos humanos, mas que podem tornar as decisões mais humanas, sobretudo para o adepto mais fervoroso e facilmente exaltado com decisões menos correctas. Para mim até já vai tarde... Com certeza que haverá clubes que sairão mais beneficiados, outros menos... aqueles que vêm eternamente se queixando da arbitragem para desculpar os seus erros e falhas perpétuas, daquelas em que já não há muito a fazer, vão deixar de ter argumentos para se defenderem.

Espero bem que foras de jogo, penálties, e outro tipo de faltas comecem a ser correctamente assinalados, isto se a nossa Assembleia da República achar que vale a pena discutir a petição, uma vez que nem todas as petições parecem interessar àquela gente...