ONU...serve para quê?

Estava eu a folhear um jornal durante o meu cafézito quando paro para ler um artigo de opinião de Vasco Graça Moura, em que, resumindo bastante o que lá dizia, afirmava que a ONU é uma instituição ineficiente, incapaz de cumprir os objectivos para que foi criada.

E no fundo é bem verdade. Não houve guerra, genocídio, catástrofe humanitária (provocada pelo Homem claro está) que tivesse sido evitada pela ONU. Toda e qualquer intervenção deu-se apenas numa fase posterior, com o objectivo de minimizar e solucionar os males já instalados.

Evitar um III Guerra Mundial pode ser um resumo dos objectivo que fundamentaram a sua criação, mas será que a haver uma III Grande Guerra (partindo do principio que o conflito entre o "Mundo Ocidental" e o "Mundo Árabe" não é ainda essa III Guerra) a ONU conseguirá evitá-la?

Não precisamos de ir muito longe no tempo para perceber de que modo é que esta instituição é ineficaz. Aquando da última invasão do Iraque os EUA tentaram convencer o resto do mundo (sobretudo os membros do Conselho de Segurança) com as suas "provas", jurando a pés juntos que o Iraque tinha realmente armas de destruição maciça. Não conseguindo legitimar esta invasão junto da ONU, avançaram por sua própria iniciativa, apoiados por alguns países. Da parte da ONU, a menos que houvesse alguem a rezar para que tudo corresse bem, não se ouvia qualquer comentário.

Assim vemos como é possível, por iniciativa de qualquer país, haver guerra, invasões e até mesmo missões de paz, sem que a ONU intervenha nesse processo.
E a principal razão advém do jogo de poderes que ocorre sobretudo no Conselho de Segurança, em que os vencedores da II Guerra Mundial ainda mantêm o direito de veto. Não é possível compreender que a decisão de um só país possa alterar a ordem mundial.

Uma reorganização desta instituição, dando mais poderes à Assembleia Geral, e criando um Conselho de Segurança mais democrático (a democracia é o pior sistema político, tirando todos os outros), com as justiças e injustiças que possa criar, seria decerto mais credível. A Guerra e a Paz seriam assim uma opção da maioria, o que no fundo, apesar de tudo, até nem é tão mau.











PS: Não sou contra a guerra do Iraque, pelo contrário, a minha opinião era favorável à invasão, não pelas armas de destruição em massa, mas pelo ditador Saddam. Mas desconsiderar a opinião do Conselho de Segurança foi o maior erro dos EUA, porque desacreditaram as suas intenções democráticas no Iraque.

Entretenimento?

Numa ronda pelas principais noticias da manhã (e não só), na parte de noticias sobre entretenimento encontrei, no meio de noticias sobre os Rolling Stones e sobre Paredes de Coura, o seguinte título: Bombeiro morre na A4.
Um grupo de bombeiros, ao dirigir-se para um incêndio envolveu-se num acidente que acabou por trazer a morte a este bombeiro.
O que me causa alguma preocupação é o seguinte: porque raio é que a direcção do news.google achou que um bombeiro morrer na A4 era motivo de entretenimento?

Mais uma vez se prova que as estradas portuguesas são um perigo constante. Um incêndio, normalmente considerado um local perigoso, não lhe roubou a vida. Mas sim o caminho para lá.
Será então no mínimo, mas assim mesmo no mínimo, e de forma bem espremida, irónico.

Ou então os nossos bombeiros passaram a ser um grande inimigo e a sua morte passou a ser motivo de festa e euforia. Não sei.


Bem, espero que tenha sido apenas um erro na colocação das notícias, e que esse erro seja resolvido o mais rapidamente possível.

Só na Murtosa...

Desta vez só vai perceber do que estou a falar quem é da Murtosa e sobretudo, utiliza ou já utilizou os serviços fornecidos pela Auto-Viação da Murtosa.

Em primeiro lugar basta dizer que esta empresa opera em monopólio aqui na Murtosa, levando a que os clientes se sujeitem a certas situações, visto não terem outra solução equivalente para satisfazer as suas necessidades.

Sendo assim passo já às críticas, e vou tentar o mais directo possível:

Em primeiro lugar, os horários dos serviços de transporte são os mesmos há 'séculos' não havendo assim uma oferta real face às necessidades dos clientes e por outro lado, já não bastava não haver serviços a horas, digamos...mais convenientes para os utilizadores, ainda temos que 'gramar' com atrasos constantes que acabam por prejudicar o acesso a outros serviços (sobretudo na ligação Murtosa-Estarreja).

Outra questão que ultimamente tem andado a ser alvo de críticas, sobretudo por aqueles que realmente usam o serviço nas condições que vou referir, é a utilização dos chamados 'mini-bus' de 15 lugares (bem apertadinhos) não sei com que objectivo, mas que acabam por encher e obrigam os passageiros a ir em pé, não havendo as mínimas condições para o fazer (no meu caso que sou um 'bocadinho' alto, fazer uma viagem de mais de 10 minutos em pé numa carrinha todo curvado não é lá muito confortável). É óbvio que algumas das vezes o 'mini-bus' acaba por ir com alguns lugares vagos, mas tendo em conta que nós pagamos para utilizar um serviço e é-nos fornecido outro...
Isto já para não falar de ser ilegal, mas enfim deixo essa questão a quem conhece as leis mais do que eu.

Por último, e agora só alguns é que vão perceber exactamente do que estou a falar, quero criticar a falta de competência de alguns motoristas desta empresa. Segundo a lei (mais uma vez vou falar da lei sem a conhecer na perfeição), no código que regula este sector existe um artigo que diz que não pode ser exigido ao passageiro algo que não é exigivel. A simpatia e boa disposição não abundam por aqueles lados, mas também não se pode exigir isso. Agora competência para lidar com clientes já se pode exigir, e será que ela existe?


E acabei, faltando ainda criticar algumas pequenas situações que ocorrem mas que ja se consideram normais e portanto fáceis de 'engolir'. Deixo-vos com um conselho: nunca obriguem outras pessoas a ouvir a Rádio Regional de Arouca. É uma experiencia traumatizante, num dia de calor, com o 'mini-bus' atolhado de gente, e a ouvir Ranchos Folclóricos...