Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

23 agosto 2007

Que língua falas tu?

Afinal que língua precisamos nós de saber para comunicar com os turistas...?

E pergunto isto porque já não é a primeira vez que tenho que fazer um esforço extraordinário para me fazer entender ou para perceber o que alguns "camones" querem dizer. E já não falo daqueles que falam inglês mesmo não sendo essa a sua língua, porque esses, tal como eu, conseguem exprimir-se numa língua diferente para se safarem quando assim é preciso.
O que me custa mesmo é ver pessoas que não falam a ponta que seja da nossa língua (os espanhóis são muito bons nisso) e nós temos que falar um bocadinho de "portunhol" para eles nos perceberem. E no entanto, quando os formos visitar lá à terra deles, temos que saber falar castelhano, catalão, basco ou o que quer que seja, porque se não o fizermos ninguém nos entende.
Agora vamos lá ver um coisa. Nem todos são obrigados a falar inglês, porque nem todos tiveram a oportunidade de aprender a falar essa língua. Mas quando fazemos uma viagenzita por esse mundo fora, pelo menos devemos saber desenrascar-nos para não nos sairmos mal.
Chegar ao ponto de ter que explicar o que quer dizer "galinha" ou "cogumelos"...se não sabe, compre um dicionário, porque eu em inglês ainda me safo, mas em espanhol... acho que não sou obrigado a saber isso, mesmo que eles sejam o nosso país vizinho. Mas se nós somos vizinhos deles, eles também são nossos vizinhos, certo?
Então desenrasquem-se a falar "portunhol" que é o que nós fazemos!!!
E aos outros que não são espanhóis, e não sabem falar inglês, desenrasquem-se também, vão ver que não dói nada...


Au revoir my pueblo...

18 agosto 2007

Bora lá protestar!

Ora estando eu mais ocupado nos últimos dias, as noticias deste mundo têm me passado um bocadinho ao lado. O que me vale é a internet, onde vou sempre actualizando o meu stock de informação.
Qual não é o meu espanto quando dou de caras com uma noticia sobre milho trangénico e um protesto. Então não é que um grupo de jovens (cerca de cem, ao que parece) resolveu acabar com a única plantação de milho trangénico existente no Algarve, e como forma de luta ceifou por completo os hectares de milho que por lá havia.
Este protesto levado a cabo por uma associação de seu nome Verde Eufémia (em homenagem a Catarina Eufémia, personagem alentejana associada à luta dos trabalhadores - gente que trabalha - rurais) teve como objectivo limpar de vez com este produto do mapa do Algarve.
O milho trangénico é muitas vezes associado a várias doenças e consequencias graves para a saúde, mas a sua produção não é de todo ilegal, sendo apenas necessário cumprir algumas regras de higiene e segurança.

Tal não é o meu espanto quando de repente a notícia fala de um proprietário que se viu de repente sem o seu meio de sustento, não tendo agora meios para sustentar a sua própria familia. (realmente, a noticia até estava a ser empolgante, mas isto dos terrenos terem proprietários estraga sempre tudo)

Hoje venho a saber que o senhor teve um principio de ataque cardiaco (tambem o tinha, se me tirassem o meu sustento) e que agora vai processar o grupo de individuos (uns portugueses, outros estrangeiros que não devem ter que fazer na terra deles) que invadiu a sua propriedade e destruiu a sua plantação de milho.

Nada como uma boa disputa entre proprietários e destruidores de plantações de milho trangénico para apimentar a nossa sociedade. Esta gente que é muito dada à paz a mim não me engana. Faz-me lembrar a história do outro:
- Oh Zé, tu és um gajo tão violento!!!

- EU VIOLENTO?!?! Deves tar a gozar comigo... Ou retiras já o que disseste ou eu parto-te todo...

(enfim...)



Só me resta uma pergunta no final disto tudo...
Quantos neste protesto conhecem a história de Catarina Eufémia...?
Então lembrem-se que ela é um simbolo da luta dos trabalhadores, e esse senhor trabalhava. Não estamos aqui a discutir se bem ou mal nem se vocês gostam ou não do trabalho dele.