Rica Casinha

O dia-a-dia deste mundo....

30 novembro 2009

Hoje é feriado em Portugal...

Dia da Restauração da Independência, para ser mais preciso.
A revolução iniciada neste mesmo dia de 1640, tinha como principal objectivo mandar os "Filipes" espanhóis daqui para fora e acabar com a sua intenção de acabar de uma vez com o Reino de Portugal. Pontapé para aqui, murro para acolá, e aclamam D. João IV como rei de Portugal, o primeiro da Dinastia de Bragança.

Vêem... não era preciso muito para se perceber o que se passou neste dia. Se há coisa que me assusta um bocadinho é não se saber o que se comemora nos feriados. Quem não sabe, havia de ir trabalhar na mesma, para castigo.

Vá, bom feriado, e se virem um espanhol na rua cumprimentem-no na mesma, sem ressentimentos.



PS: ontem vi num jornal que o Zapatero queria que a Peninsula Ibérica acertasse as agulhas, para combinarem estratégias comuns na Europa. Dizia o mesmo que Portugal não estava de acordo. Se dúvidas havia que não se deve estar de acordo com isso, pensei um bocadinho no dia de hoje. Podemos ser muito parecidos, mas cada um por si. Outra coisa que me chateia é ver discursos de treinadores espanhóis ou que falam castelhano em Portugal sem legendas. Deixem de se rebaixar e obrigar-nos a perceber castelhano, porque eles nem querem entender quando lá vamos pedir um café. Até os brasileiros nos põem legendas carago...

28 novembro 2009

in Diário Digital.
Sem vontade de comentar o que quer que seja, basta dizer... é preciso ter os cojones no sítio, de resto o trabalho resulta em qualquer lado, aqui ou na China. É preciso é trabalhar...

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Fábrica vendida por um euro já quase triplicou facturação

A fábrica de confecções de Arcos de Valdevez comprada por um euro por uma trabalhadora, após uma tentativa de deslocalização para a República Checa e o desaparecimento dos proprietários há 5 anos, resistiu à crise e já quase triplicou a facturação.

«O segredo? O segredo está no trabalho, na qualidade e na procura incessante de novas encomendas e novos nichos de mercado», disse à Lusa Conceição Pinhão, a trabalhadora que liderou a luta contra a deslocalização da empresa e que conseguiu convencer os patrões alemães a venderem-lhe a fábrica por um euro.

A Afonso - Produção de Vestuário funciona há 20 anos na Zona Industrial de Paçô, em Arcos de Valdevez, sendo a sua gestão assegurada por Conceição Pinhão desde 29 de Novembro de 2004, dia em que os patrões, dois empresários alemães, «desapareceram» depois de uma tentativa frustrada de deslocalização.

Na altura tinha 89 trabalhadoras, agora tem uma centena. A fábrica, que se dedica essencialmente à confecção de camisas, fechou 2005 com um volume de negócios de cerca de meio milhão de euros, enquanto que para este ano a previsão aponta para mais de 1,3 milhões. "

22 novembro 2009

O PR na Murtosa


É sempre um motivo de orgulho quando o Presidente da República visita a nossa Terra, sobretudo quando vem por tão bons motivos, como o é a Inovação.
Inovar não é só usar computadores e máquinas "fixes", é também saber aproveitar os constrangimentos, e retirar deles aspectos positivos.

16 novembro 2009

Ainda me custa a perceber...

Se eu for apanhado por um senhor qualquer, por um erro técnico, a dizer numa chamada telefónica que matei alguém, ou mandei "arrebentar" com dois prédios altos, a escuta é ilegal porque não foi autorizada por um juiz. O "Senhor das Escutas" só estava autorizado a escutar alguém que não era eu. E por tanto não pode ser usada com fins jurídicos. Certo?

Da mesma forma o nosso PM pode dizer o que entender num telefonema ao seu compañero Vara, porque enquanto a escuta não for aprovada previamente pelo supremo, não pode ser considerada legal. Mesmo que ele tivesse confessado o mais hediondo dos crimes. Certo?

É que o que mais se houve falar, da parte dos acusados, é que as escutas são ilegais e até podem ser, mas a ser verdade o que nelas se diz, acho que é o menos importa, uma vez que se está a falar da 3ª figura de Estado. Vou repetir outra vez: é a 3ª figura de Estado.

E pronto, por aqui ficamos com uma pergunta diária: quem é que autoriza as escutas à 4ª figura de Estado, ou seja, ao Presidente do Supremo Tribunal?

14 novembro 2009

Está lá... Podió Chamá-lo....

Com tanto telefonema, só podia dar em escutas, claro está.

A mim custa-me a perceber uma coisas...
O Vara, Armando de seu nome, que não é uma figura de Estado, das tais 3 principais (Presidente, Presidente da Assembleia, e Primeiro-Ministro), estava à conversa com um amigo, e a conversa foi escutada. Um juíz, que não era do Supremo, autorizou tais escutas, porque o Vara era um cidadão comum.
No entanto, o amigo não era um cidadão comum, mas sim uma das 3 figuras (não vou revelar quem, por causa do segredo de justiça), e para escutar esse amigo é preciso que o presidente do Supremo autorize as escutas.
Onde está a ilegalidade?
Por mim não está em lado nenhum, mas não sou da área, no entanto há quem o seja, e anda a apanhar papéis.
Apanhar um amigo que não estando a ser escutado, acabou por ser ouvido, a dizer ou a falar de coisas que até podem ser criminalmente relevantes, deve ser investigado. A partir do momento que esse amigo é um dos 3 principais, tudo bem que as escutas tenham que ser posteriormente autorizadas, ou validadas, mas não são ilegais à partida, porque não se estava a escutar a celebridade, mas um cidadão comum.

Esta lei que impõe tais condições é de 2007, tem a sua relevância para proteger o Estado de Direito em Portugal, e da qual não estou totalmente em desacordo, foi criada apenas para proteger os titulares dos órgãos de soberania, aquando do caso "Casa Pia". Faz sentido existir, porque não pode ser um juíz qualquer a decidir sobre as escutas a tais pessoas. Mas não faz sentido que em processos alheios, quando estes forem apanhados a mentir, aldrabar, ou a armar barraca, não se possa considerar tais escutas porque não foram previamente aprovadas pelo Supremo.

Poupem-nos.

Estamos a dizer-lhes: sim senhor, nós sabemos que cometeu uma ilegalidade, mas não se pode fazer nada porque as escutas não foram aprovadas.

Bem dizia a outra que tinha medo de usar o telemóvel, porque tinha medo de ser escutada. Por enquanto tem se safado, até um dia...

10 novembro 2009

Robert Enke

Apesar do Futebol não ser uma grande paixão, admiro sem dúvida o que de melhor se faz nesse desporto, e o melhor faz-se com bons jogadores.
O meu clube, Benfica, teve o prazer de acolher na sua equipa um grande guarda-redes, que deu excelentes provas das suas capacidades durante o tempo que cá por cá passou.
O seleccionador alemão afirmou até que contava com ele para defender a baliza da equipa alemã, durante o mundial de 2010.

Robert Enke entendeu hoje colocar um fim na sua vida.

Em 2006 perdeu a sua filha de 2 anos, devido a problemas cardíacos, e este ano tinha estado afastado dos relvados por causa de uma infecção nos intestinos. As razões são sempre discutíveis, não se trata de um acto de coragem ou cobardia, mas deixa sempre alguma tristeza saber que alguém tão novo (32 anos) e com tantas capacidades tenha tomado tal decisão.

Ai Ronaldo, que meteste-te com as bruxas e agora é só bruxedo...

Muito rápido...

O Queirós chamou-o o Ronaldo à selecção para o jogo com a Bósnia.
O Real Madrid já tinha dito que o Ronaldo não estava em condições de jogar.
O Queirós, vá-se lá saber porquê, mesmo assim chamou o pobre do lesionado.
O Real Madrid diz que não está para brincadeiras, e se o Ronaldo ficasse pior ainda processava a Selecção Nacional.
O Ronaldo até fez testes com uma equipa de médicos holandesa para confirmar as suas lesões.
O Real Madrid diz que é uma equipa internacional e independente (cá para nós quando se paga a uma equipa independente seja para o que for, a sua independência é um pouco duvidosa, mas enfim).
O Ronaldo veio a Lisboa fazer testes médicos.
A Selecção Nacional, dispensou o Ronaldo...

Quem é que me explica o que se passou aqui...?

03 novembro 2009

Este victor constâncio é tramado...

Quando o antigo Governo de José Sócrates chegou ao poder, num passe de "mabalarismos", apressou-se a arranjar um putativo défice orçamental para o final desse ano (até estavamos no primeiro semestre, por isso ainda faltavam uns meses para o final do ano). 6,83% foi quanto o sr. dr. arranjou nas contas de somar e subtrair que andou a fazer.

Hoje, dia 4 de Novembro, quando faltam pouco menos de dois meses para o final do ano, e mesmo depois da UE vir renovar as estimativas para os principais indicadores económicos, e apontar para um défice na ordem dos 8% (mesmo depois das contas consolidadas do Sócrates, o mesmo Constâncio vem no Jornal de Negócios dizer que esse valor é não é um bom valor, e que é muito difícil fazer previsões, porque, e passo a citar "as previsões podem não se confirmar".

Pois é Constâncio. Não és bruxo, pois não? Mas da outra vez até às centésimas conseguias prever, agora... é dificíl. Deve ser a máquina que ficou sem pilhas...

02 novembro 2009

O colégio militar... não é coisa para meninos

Que o colégio militar usa a força para impor algumas regras, parece que já todos percebemos que é verdade. Mesmo que não seja a forma indicada, ou até mesmo legal, para o fazer, o que é certo é que as queixas e notícias que têm chegado até nós indicam essa realidade.
Vamos por partes.
É um colégio militar, portanto algumas regras terão que ser bem mais apertadas, e tenho a certeza que nenhum dos alunos que lá está, quando é chamado à atenção, não responde com agressividade ou diz que vai contar aos pais, e eles vêm lá, e fazem e acontecem... como acontece em tantas outras escolas. Por isso até nem sou realmente contra o uso de alguma "violência" (não se trata de porrada ou abusos psicológicos, mas sim defender o papel importante do educador). Ponto final parágrafo.
É correcto haver violência física como castigo? Não, porque acima de tudo está-se a educar crianças, e sobretudo quando, ao que parece, a violência até nem vinha dos "professores" (não sei se é assim que são tratados, mas enfim, os educadores, ou os responsáveis por passar a educação), mas sim de outros alunos mais velhos que, tal como num sistema hierárquico militar, vão adquirindo alguns "poderes".
Outra situação, e essa é a que mais me custa a perceber. Eu entendo que os alunos que são violentados não queiram queixar-se ou denunciar a situação, porque isso revelaria da sua parte alguma inferioridade, e "mariquice", porque não aguentaram a pressão. Mas a partir do momento que os pais sabem desta situação, porque raio insistem em que o Colégio mude de práticas, em vez de tirar os alunos dessa instituição? Haverá com certeza algum prestígio por lá ter estudado, e algumas famílias terão já alguma tradição familiar, mas o mal corta-se pela raiz, e se não houver alunos a quererem ir lá para, ou muitos que desistem, alguma coisa não estará bem.

Ponto final, para acabar. Fazer disto bandeira de luta, como o bloco está a fazer, é interessante, mas não compreensível. Defender as boas práticas nas instituições públicas, tudo bem, daí estou de acordo, mas fazer disso uma luta festivaleira, força... mas não contem comigo.

Tenho dito.